sexta-feira, julho 09, 2004
DECISÃO COM ANGÚSTIA
Registo que acertei na minha previsão/palpite apresentada no meu último post , com data de anteontem .
Convido o leitor a de novo lhe dar uma leitura .
A decisão do Presidente da República deve de facto ter sido muito difícil , e a ansiedade que a rodeou notou-se na sua face e no seu tom de voz.
Sou de opinião que a decisão foi a mais sensata . A menos má , que é sempre aquilo que em boa ciência política se deve escolher .
Por muito que se deteste ( como eu detesto) o perfil , o carácter e o modelo de acção política de Santana Lopes , por muita urticária que tal personalidade cause a muitos portugueses ( nos quais me incluo) , ter-se-à de reconhecer que , numa perspectiva de combate inteligente contra o perigo do populismo ,
a médio prazo, a solução adoptada pelo Presidente da República , é realmente a menos má .
A outra alternativa que se colocava , iria ser aproveitada para Santana Lopes iniciar um dramático processo de vitimização , que iria reforçar a auréola mítica , que tem em parte do eleitorado português, mercê da sua inegável arte de teatralização e de manipulação dos media .
Ao longo da sua próxima futura acção política como 1º Ministro, Santana Lopes irá arranjar muitos bodes expiatórios e muitas desculpas . Mas não poderá usar a de que foi o Presidente da República que antes de andar lhe cortou as pernas .
Ferro Rodrigues, por muito genuinamente honesto que seja , e deve ser , não teria hipótese de , em eleições eventualmente agora realizadas , aliciar o centro político . Repito , é com ele que se ganham eleições em regime democrático em que há alternância de poder.
Dentro de alguns meses , António Vitorino estará de regresso à vida política activa portuguesa .
Se o Presidente da República der concretização à permanente atitude de vigilância hoje anunciada no seu discurso , e sendo certo que Santana Lopes não resistirá a fazer de novo os exercícios de populismo a que já nos habituou , o Parlamento poderá ser dissolvido .
Um PS liderado então por António Vitorino , com um discurso realista e sensato , terá todas as condições para ganhar eleições antecipadas .
Registo que acertei na minha previsão/palpite apresentada no meu último post , com data de anteontem .
Convido o leitor a de novo lhe dar uma leitura .
A decisão do Presidente da República deve de facto ter sido muito difícil , e a ansiedade que a rodeou notou-se na sua face e no seu tom de voz.
Sou de opinião que a decisão foi a mais sensata . A menos má , que é sempre aquilo que em boa ciência política se deve escolher .
Por muito que se deteste ( como eu detesto) o perfil , o carácter e o modelo de acção política de Santana Lopes , por muita urticária que tal personalidade cause a muitos portugueses ( nos quais me incluo) , ter-se-à de reconhecer que , numa perspectiva de combate inteligente contra o perigo do populismo ,
a médio prazo, a solução adoptada pelo Presidente da República , é realmente a menos má .
A outra alternativa que se colocava , iria ser aproveitada para Santana Lopes iniciar um dramático processo de vitimização , que iria reforçar a auréola mítica , que tem em parte do eleitorado português, mercê da sua inegável arte de teatralização e de manipulação dos media .
Ao longo da sua próxima futura acção política como 1º Ministro, Santana Lopes irá arranjar muitos bodes expiatórios e muitas desculpas . Mas não poderá usar a de que foi o Presidente da República que antes de andar lhe cortou as pernas .
Ferro Rodrigues, por muito genuinamente honesto que seja , e deve ser , não teria hipótese de , em eleições eventualmente agora realizadas , aliciar o centro político . Repito , é com ele que se ganham eleições em regime democrático em que há alternância de poder.
Dentro de alguns meses , António Vitorino estará de regresso à vida política activa portuguesa .
Se o Presidente da República der concretização à permanente atitude de vigilância hoje anunciada no seu discurso , e sendo certo que Santana Lopes não resistirá a fazer de novo os exercícios de populismo a que já nos habituou , o Parlamento poderá ser dissolvido .
Um PS liderado então por António Vitorino , com um discurso realista e sensato , terá todas as condições para ganhar eleições antecipadas .