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domingo, junho 06, 2004

O pacifismo e a Linha Maginot

Transcrevo parte de um artigo de João Carlos Espada publicado no Expresso de 29 de Maio .

Antes da II Guerra , a Linha Maginot era um dos argumentos preferidos dos que não queriam enfrentar o rearmamento ilegal da Alemanha .
A França estava defendida pela Linha Maginot , e esta seria intransponível pelos alemães .
Acrescentava-se que isto tornava completamente irrealista o alarme de Churchill contra os projectos de Hitler . Na verdade, dizia-se também, Churchill era um reaccionário nostálgico do Império Vitoriano . Era ele , e não Hitler , quem ameaçava lançar a Europa na guerra .
Hoje sabemos como esta conversa acabou . A Linha Maginot ficou lá e Hitler torneou-a com o poderoso exército que Churchill denunciara sozinho .
A França capitulou indecorosamente .
E o velho Winston foi finalmente chamado para o leme do navio .
Não fingiu que a coisa era fácil . Prometeu apenas sangue suor e lágrimas .
Avisou que nunca se renderia .


Recordo agora eu ainda um outro pormenor.
Já depois de batida , humilhada e ocupada a França , quando a Inglaterra sofria implacáveis bombardeamentos , ainda houve políticos pacifistas na Inglaterra que defenderam que seria melhor tentar negociar a paz com Hitler .
Churchill discursou à Nação e anunciou que os ingleses se bateriam no mar , nas praias, nos campos , nas vilas e cidades , mas nunca se renderiam .
No final do dia do desembarque , com mais de 70 anos , Churchill queria à viva força ir também pisar solo da Normandia, para ir dar apoio moral às tropas . Foi obviamente impedido de o fazer .
Ainda haverá , nos tempos de hoje , políticos desta fibra e desta estatura ?

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