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sexta-feira, dezembro 12, 2003

O risco de deriva da função presidencial
Nem Santana Lopes nem muitos “santanistas” locais que lhe vão sempre ao beija mão devem ter gostado do excelente artigo de opinião de Pacheco Pereira no Publico de ontem .
Dele deixo especial registo de dois pequenos excertos que resumem , com a extraordinária lucidez e capacidade de síntese de Pacheco Pereira , as razões pelas quais seria de temer a ascensão de um político populista como Santana Lopes a Presidente da República .

(...)
Num ambiente de boa-fé, raro na história portuguesa recente, quer o primeiro-ministro, quer o Presidente da República têm conseguido um entendimento institucional notável, que deve ser preservado a todo o custo. Mesmo no caso do Iraque, talvez o mais difícil, esse entendimento institucional manteve-se.(...)

8. Qual é o principal risco de deriva da função presidencial?
O intervencionismo político presidencial, ao modelo do segundo mandato de Mário Soares, provocando uma instabilidade institucional entre o Governo e a Presidência. Este risco é hoje tanto maior quanto maior for a presença do populismo na vida política portuguesa. O órgão Presidência, pelo seu carácter uninominal, favorece o populismo e seria um desastre para a estabilidade política em Portugal se tivéssemos um presidente populista. Nenhum Governo, socialista ou social-democrata, conseguiria governar.


Cavaco Silva deve ter lido . Cavaco Silva não deixará de exercer o seu dever patriótico de se candidatar , anunciando-o
no momento próprio . Para sossego daqueles a quem causa angústia imaginar uma deriva populista da função presidencial , caso a ela ascendesse Santana Lopes , ainda por cima de braço dado com Paulo Portas .

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