domingo, novembro 02, 2003
Os dirigentes académicos de antes e de agora...
No canal Parlamento , assisti a uma reunião entre senhores deputados e alguns dirigentes de associações académicas de Universidades portuguesas .
O tema em discussão era a nova Lei do ensino superior .
As reivindicações das associações académicas não se resumem afinal às questões das propinas e da assistência social .
Também querem que se mantenha o actual regime de paridade numérica e de peso decisório , nos Senados universitários , entre estudantes e docentes.
Em minha opinião , o regime vigente , introduzido de forma irresponsável , facilitista e demagógica , há não sei quantos anos , é infantilmente idiota .
Ouvi alguns dos dirigentes académicos produzir , por vezes com intolerável arrogância , verdadeiros balbuciamentos de lugares comuns , que não fazem qualquer sentido . Ouvi por exemplo afirmações de que aquela paridade é fundamental para a democracia portuguesa !...E disse um deles : a pouca democracia que existia nas universidades , deixará de haver...
Outro defendeu que os financiamentos altos deviam ser para as escolas com fraco desempenho , e baixos financiamentos para as de excelente desempenho .
E por aí adiante , com muitos prontos e portantos pelo meio .
Mas há mais .
Os dirigentes académicos também são contra a introdução de um regime de prescrições , manifestando preferir que os estudantes possam permanecer anos e anos nos bancos e nas salas de aulas , num alegre e irresponsável prolongamento de uma tardia adolescência .
Recordo-me de, pelos finais dos anos 60 , ouvir Orlando de Carvalho , ilustre professor de Direito da Universidade de Coimbra , defender um regime de prescrições ainda mais severo do que aquele que existia na altura . Passava-se isso , em plena ditadura , que ele afrontava com coragem , ombro com ombro com os estudantes universitários desse tempo .
Se alguns dirigentes estudantis de hoje o ouvissem , provavelmente não deixariam de o rotular de anti democrata , se não mesmo de perigoso fascista ...
No canal Parlamento , assisti a uma reunião entre senhores deputados e alguns dirigentes de associações académicas de Universidades portuguesas .
O tema em discussão era a nova Lei do ensino superior .
As reivindicações das associações académicas não se resumem afinal às questões das propinas e da assistência social .
Também querem que se mantenha o actual regime de paridade numérica e de peso decisório , nos Senados universitários , entre estudantes e docentes.
Em minha opinião , o regime vigente , introduzido de forma irresponsável , facilitista e demagógica , há não sei quantos anos , é infantilmente idiota .
Ouvi alguns dos dirigentes académicos produzir , por vezes com intolerável arrogância , verdadeiros balbuciamentos de lugares comuns , que não fazem qualquer sentido . Ouvi por exemplo afirmações de que aquela paridade é fundamental para a democracia portuguesa !...E disse um deles : a pouca democracia que existia nas universidades , deixará de haver...
Outro defendeu que os financiamentos altos deviam ser para as escolas com fraco desempenho , e baixos financiamentos para as de excelente desempenho .
E por aí adiante , com muitos prontos e portantos pelo meio .
Mas há mais .
Os dirigentes académicos também são contra a introdução de um regime de prescrições , manifestando preferir que os estudantes possam permanecer anos e anos nos bancos e nas salas de aulas , num alegre e irresponsável prolongamento de uma tardia adolescência .
Recordo-me de, pelos finais dos anos 60 , ouvir Orlando de Carvalho , ilustre professor de Direito da Universidade de Coimbra , defender um regime de prescrições ainda mais severo do que aquele que existia na altura . Passava-se isso , em plena ditadura , que ele afrontava com coragem , ombro com ombro com os estudantes universitários desse tempo .
Se alguns dirigentes estudantis de hoje o ouvissem , provavelmente não deixariam de o rotular de anti democrata , se não mesmo de perigoso fascista ...