segunda-feira, outubro 27, 2003
Praxe e liturgia académica
A propósito do meu último post , recebi um comentário ( no qual vislumbro uma pontinha de indignação...e o direito à indignação existe!) de um muito prezado colega e atento leitor , o qual transcrevo , com todo o gosto :
Não é verdade que a praxe não tem expressão nas instituições que refere. De facto, o fato académico, as fitas, o "grelo", as "latadas", as imposições de insígnias, as Queimas, os caloiros, os veteranos, a pasta académica, etc existem em todas elas. A maior homenagem que podem fazer à Academia de Coimbra é copiarem aquilo que lá se faz. São manifestações de reconhecimento por aquilo que lá se faz em termos de praxe.
Aquilo que se passou recentemente em Coimbra não deverá ser confundido com a praxe e também devemos ter presente que todos os anos existem casos semelhantes um pouco por todo o lado. Mais uma vez, isso não é praxe.
Vamos lá a esclarecer alguns pontos.
Talvez eu não tenha sido muito rigoroso nos termos que utilizei.
Quando me referi à praxe , foi óbviamente àquelas práticas mais ou menos infantis , e de sabor mais ou menos sado-masoquista , a que os caloiros são regularmente submetidos .
Era disso que se estava a falar .Os aspectos do traje académico ( uma herança clerical , de quando os jesuitas dominavam o ensino superior em Portugal ) , as Queimas , as fitas ,as pastas etc , são evidentemente componentes da praxe ( ou seja da liturgia ) académica ; mas não das praxes dos praxados , a que me referia .
De resto, mesmo aquela praxe / liturgia académica tem de facto pouca expressão nas escolas superiores que referi .
Em algumas delas , resume-se , quando muito , ao espectáculo de uns milhares de pastas com fitas coloridas ( e agora há tantas côres!....) agitadas numa data próxima do final do ano universitário , para receberem a benção de um Sr. Bispo .
Não estou de acordo que a maior homenagem que podem fazer à Academia de Coimbra é copiarem aquilo que lá se faz .
Quando muito, seria homenagem , se copiassem o bom , que também lá há .
Copiarem o mau , não é homenagem nenhuma, temos de convir .
Já agora, e por último . Não penso que a melhor forma de homenagear um criador seja pura e simplesmente copiar as coisas por ele criadas .
A propósito do meu último post , recebi um comentário ( no qual vislumbro uma pontinha de indignação...e o direito à indignação existe!) de um muito prezado colega e atento leitor , o qual transcrevo , com todo o gosto :
Não é verdade que a praxe não tem expressão nas instituições que refere. De facto, o fato académico, as fitas, o "grelo", as "latadas", as imposições de insígnias, as Queimas, os caloiros, os veteranos, a pasta académica, etc existem em todas elas. A maior homenagem que podem fazer à Academia de Coimbra é copiarem aquilo que lá se faz. São manifestações de reconhecimento por aquilo que lá se faz em termos de praxe.
Aquilo que se passou recentemente em Coimbra não deverá ser confundido com a praxe e também devemos ter presente que todos os anos existem casos semelhantes um pouco por todo o lado. Mais uma vez, isso não é praxe.
Vamos lá a esclarecer alguns pontos.
Talvez eu não tenha sido muito rigoroso nos termos que utilizei.
Quando me referi à praxe , foi óbviamente àquelas práticas mais ou menos infantis , e de sabor mais ou menos sado-masoquista , a que os caloiros são regularmente submetidos .
Era disso que se estava a falar .Os aspectos do traje académico ( uma herança clerical , de quando os jesuitas dominavam o ensino superior em Portugal ) , as Queimas , as fitas ,as pastas etc , são evidentemente componentes da praxe ( ou seja da liturgia ) académica ; mas não das praxes dos praxados , a que me referia .
De resto, mesmo aquela praxe / liturgia académica tem de facto pouca expressão nas escolas superiores que referi .
Em algumas delas , resume-se , quando muito , ao espectáculo de uns milhares de pastas com fitas coloridas ( e agora há tantas côres!....) agitadas numa data próxima do final do ano universitário , para receberem a benção de um Sr. Bispo .
Não estou de acordo que a maior homenagem que podem fazer à Academia de Coimbra é copiarem aquilo que lá se faz .
Quando muito, seria homenagem , se copiassem o bom , que também lá há .
Copiarem o mau , não é homenagem nenhuma, temos de convir .
Já agora, e por último . Não penso que a melhor forma de homenagear um criador seja pura e simplesmente copiar as coisas por ele criadas .
