quinta-feira, setembro 18, 2003
Blogar de novo sobre tema velho...
O fim das férias traz – nos de volta , agoniadamente , às desventuras indígenas , bem como aos desencontros, tricas , e escaramuças da nossa Clochemerle local .
Com frequência , como desta vez, toma um pouco mais de tempo entrar de novo no passo certo do quotidiano profissional e pessoal .
Voltar a blogar , exige o esforço prévio de rever a agenda , abrir todo o correio , ler , na medida do possível , toda a imprensa atrasada , limpar a mesa de trabalho , rememorar os casos deixados pendentes ou a aboborar , vencer enfim a preguiça mental dos primeiros dias .
Distante das pátrias terras , liguei-me cibernéticamente a elas por duas vezes em duas semanas através dos sítios do Público e de As Beiras , bem como , obviamente , de opalhinhas .
Fui assim tomando conhecimento das duas polémicas que estalaram na vida autárquica local nestas duas últimas semanas .
Sei delas apenas o que captei da leitura da imprensa regional e daquele blog , bem como de mais alguns rumores e malediciências que aqui e acolá fui ouvindo nos mentideros da vila .
Embora os casos tenham perdido actualidade , não resisto a deixar um registo pessoal de umas dicas com respeito a um deles : o da Escola Profissional da Figueira da Foz ( EPFF) .
Esta Escola Profissional foi um dos activos armadilhados herdados da gestão do Dr. Santana Lopes.
No início do mandato do actual executivo camarário , a castanha quente passou para as mãos da Vereadora Drª Teresa Machado . A qual deparou com uma situação algo assustadora e muito preocupante , nos planos financeiro e pedagógico , que decerto lhe deverá ter tirado algumas horas de sono .
Mas , como entendeu que o Município tem de ser uma pessoa de bem , e que , como pessoa colectiva ( independentemente de quem o governa na conjuntura) , tinha responsabilidades na situação criada , empenhou-se , com serena sabedoria , a consertar e remendar aquela o melhor que soube e pôde .
No que terá sido relativamente bem sucedida , a julgar pelo teor de um documento da DREC de Maio passado . Como refere a imprensa , citando literalmente a Srª Vereadora , aquele documento da DREC indica ter havido melhorias e sublinha que a EPFF apresenta um projecto educativo satisfatório .
Ao que penso poder concluir , a opinião de que a Câmara Municipal não tem vocação para deter e gerir uma Escola Profissional merece consenso generalizado no seio dos membros executivos da Câmara Municipal . Tal consenso estender-se-à mesmo aos restantes vereadores , ditos da oposição .
No que talvez exista um certa linha de fractura é quanto à forma da Câmara Municipal se descartar das responsabilidades herdadas e assumidas .
Dentro da equipa dos membros executivos , haverá uma linha defendendo que , sim senhor , o Município deverá libertar-se da Escola Profissional , mas transferindo-a , de forma transparente e consertada das suas maleitas , para o âmbito de uma parceria eventualmente a constituir com outras entidades públicas e/ou privadas.
Enquanto uma outra linha , ( não sei se maioritária , mas pelo menos com mais peso político ) defenderá que , pura e simplesmente , o Município se deve libertar da Escola Profissional o mais rapidamente possível , deixando-a entrar , sem lhe dar a mão , por um plano inclinado de progressivo desfalecimento.
Terá sido então esta linha de fractura que , a meu ver , esteve na origem do incidente ocorrido em plena sessão camarária e do ambiente de cortar à faca que nela parece ter-se respirado .
Há um ponto mais a merecer uma referência .
Acho insólito ( para dizer o mínimo) que esta questão haja sido levantada no momento em que o foi . Por que carga de água é que o “Diário As Beiras” publica subitamente duas páginas inteiras sobre o chamado problema da Escola Profissional ? Das quais , a primeira é toda ela dedicada a uma entrevista à Srª Directora da DREC , militante do PSD , da distrital do PSD de Coimbra .
E metade da segunda página é dedicada , não à Escola Profissional da Figueira da Foz , mas sim ao INTEP .
Como e porquê este inusitado interesse do Diário As Beiras para dar tratamento jornalístico àquele tema ?
Presumo tratar-se de meros critérios editoriais , sobre os quais a direcção do jornal é obviamente soberana .
Mas que , na minha qualidade de leitor , confesso não perceber .
O fim das férias traz – nos de volta , agoniadamente , às desventuras indígenas , bem como aos desencontros, tricas , e escaramuças da nossa Clochemerle local .
Com frequência , como desta vez, toma um pouco mais de tempo entrar de novo no passo certo do quotidiano profissional e pessoal .
Voltar a blogar , exige o esforço prévio de rever a agenda , abrir todo o correio , ler , na medida do possível , toda a imprensa atrasada , limpar a mesa de trabalho , rememorar os casos deixados pendentes ou a aboborar , vencer enfim a preguiça mental dos primeiros dias .
Distante das pátrias terras , liguei-me cibernéticamente a elas por duas vezes em duas semanas através dos sítios do Público e de As Beiras , bem como , obviamente , de opalhinhas .
Fui assim tomando conhecimento das duas polémicas que estalaram na vida autárquica local nestas duas últimas semanas .
Sei delas apenas o que captei da leitura da imprensa regional e daquele blog , bem como de mais alguns rumores e malediciências que aqui e acolá fui ouvindo nos mentideros da vila .
Embora os casos tenham perdido actualidade , não resisto a deixar um registo pessoal de umas dicas com respeito a um deles : o da Escola Profissional da Figueira da Foz ( EPFF) .
Esta Escola Profissional foi um dos activos armadilhados herdados da gestão do Dr. Santana Lopes.
No início do mandato do actual executivo camarário , a castanha quente passou para as mãos da Vereadora Drª Teresa Machado . A qual deparou com uma situação algo assustadora e muito preocupante , nos planos financeiro e pedagógico , que decerto lhe deverá ter tirado algumas horas de sono .
Mas , como entendeu que o Município tem de ser uma pessoa de bem , e que , como pessoa colectiva ( independentemente de quem o governa na conjuntura) , tinha responsabilidades na situação criada , empenhou-se , com serena sabedoria , a consertar e remendar aquela o melhor que soube e pôde .
No que terá sido relativamente bem sucedida , a julgar pelo teor de um documento da DREC de Maio passado . Como refere a imprensa , citando literalmente a Srª Vereadora , aquele documento da DREC indica ter havido melhorias e sublinha que a EPFF apresenta um projecto educativo satisfatório .
Ao que penso poder concluir , a opinião de que a Câmara Municipal não tem vocação para deter e gerir uma Escola Profissional merece consenso generalizado no seio dos membros executivos da Câmara Municipal . Tal consenso estender-se-à mesmo aos restantes vereadores , ditos da oposição .
No que talvez exista um certa linha de fractura é quanto à forma da Câmara Municipal se descartar das responsabilidades herdadas e assumidas .
Dentro da equipa dos membros executivos , haverá uma linha defendendo que , sim senhor , o Município deverá libertar-se da Escola Profissional , mas transferindo-a , de forma transparente e consertada das suas maleitas , para o âmbito de uma parceria eventualmente a constituir com outras entidades públicas e/ou privadas.
Enquanto uma outra linha , ( não sei se maioritária , mas pelo menos com mais peso político ) defenderá que , pura e simplesmente , o Município se deve libertar da Escola Profissional o mais rapidamente possível , deixando-a entrar , sem lhe dar a mão , por um plano inclinado de progressivo desfalecimento.
Terá sido então esta linha de fractura que , a meu ver , esteve na origem do incidente ocorrido em plena sessão camarária e do ambiente de cortar à faca que nela parece ter-se respirado .
Há um ponto mais a merecer uma referência .
Acho insólito ( para dizer o mínimo) que esta questão haja sido levantada no momento em que o foi . Por que carga de água é que o “Diário As Beiras” publica subitamente duas páginas inteiras sobre o chamado problema da Escola Profissional ? Das quais , a primeira é toda ela dedicada a uma entrevista à Srª Directora da DREC , militante do PSD , da distrital do PSD de Coimbra .
E metade da segunda página é dedicada , não à Escola Profissional da Figueira da Foz , mas sim ao INTEP .
Como e porquê este inusitado interesse do Diário As Beiras para dar tratamento jornalístico àquele tema ?
Presumo tratar-se de meros critérios editoriais , sobre os quais a direcção do jornal é obviamente soberana .
Mas que , na minha qualidade de leitor , confesso não perceber .