terça-feira, dezembro 14, 2010
O RACIONAMENTO DO AÇÚCAR
Há dias começou a constar que ia faltar o açúcar. Em plena época pre-natalícia, tanto bastou para que os stocks do dito se tenham esgotado nos supermercados, e que nestes se tivesse estabelecido um regime de racionamento. Não se trata de um produto verdadeiramente essencial, cuja falta mais preocupará os muito lambareiros. Por isso, nem chegou a haver pânico, tudo levando a crer que a situação se regularize a curto prazo.
Para muita gente menos lúcida e mais irresponsável, que frequentemente se arma em valente, vociferando ser uma vergonha que Portugal se vergue aos credores internacionais, esta mini crise do açúcar pode servir de ilustração, em versão light, do que poderia/poderá acontecer com o pão, os cereais, a carne, a gasolina, o gás natural, o leite, o bacalhau, se e quando esses nossos credores porventura fecharem/fechassem a torneira do crédito, por descrerem da nossa capacidade em pagarmos o que devemos.
E para ilustrar igualmente, em versão ainda mais light, o que poderia ter acontecido quando, na fase mais aguda da crise financeira, começaram a correr boatos de que o BPN ameaçava ruptura iminente. Se o pânico se tivesse então espalhado, e se aquela ruptura tivesse realmente ocorrido, poderíamos ter assistido a uma corrida aos bancos, começando pelas caixas multibanco . E tal como com o açúcar, logo haveria um regime de severo racionamento do dinheiro líquido disponível, sabe-se lá por quanto tempo e com que desastrosos efeitos. Desenganem-se os que julgam que os atingidos seriam só de gente endinheirada, dispondo de depósitos nos bancos.
Há dias começou a constar que ia faltar o açúcar. Em plena época pre-natalícia, tanto bastou para que os stocks do dito se tenham esgotado nos supermercados, e que nestes se tivesse estabelecido um regime de racionamento. Não se trata de um produto verdadeiramente essencial, cuja falta mais preocupará os muito lambareiros. Por isso, nem chegou a haver pânico, tudo levando a crer que a situação se regularize a curto prazo.
Para muita gente menos lúcida e mais irresponsável, que frequentemente se arma em valente, vociferando ser uma vergonha que Portugal se vergue aos credores internacionais, esta mini crise do açúcar pode servir de ilustração, em versão light, do que poderia/poderá acontecer com o pão, os cereais, a carne, a gasolina, o gás natural, o leite, o bacalhau, se e quando esses nossos credores porventura fecharem/fechassem a torneira do crédito, por descrerem da nossa capacidade em pagarmos o que devemos.
E para ilustrar igualmente, em versão ainda mais light, o que poderia ter acontecido quando, na fase mais aguda da crise financeira, começaram a correr boatos de que o BPN ameaçava ruptura iminente. Se o pânico se tivesse então espalhado, e se aquela ruptura tivesse realmente ocorrido, poderíamos ter assistido a uma corrida aos bancos, começando pelas caixas multibanco . E tal como com o açúcar, logo haveria um regime de severo racionamento do dinheiro líquido disponível, sabe-se lá por quanto tempo e com que desastrosos efeitos. Desenganem-se os que julgam que os atingidos seriam só de gente endinheirada, dispondo de depósitos nos bancos.
Por muitos custos que tenha tido, ou venha ainda a ter para os contribuintes, a nacionalização súbita e imediata do BPN, com o que se travou o pânico, os custos teriam sido imensamente maiores, talvez inimagináveis, se o Ministro das Finanças não tivesse decidido rapidamente como decidiu.