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sábado, novembro 14, 2009

CRÓNICA DE GASTRONOMIA

Com o desespero que me consome por respirar o ar pesado do sombrio clima político que vivemos (onde irá isto desembocar?...) hei por melhor não escrever sobre política. Prefiro desta vez juntar umas notinhas sobre gastronomia. Sempre ajuda a desanuviar o espírito.
Resolvi ir almoçar ao novo restaurante Oásis, na Ponte do Galante, na Figueira da Foz. Abriu há uma semana, segundo vira anunciado. Sala bem apresentada, com decoração minimalista, aberta aos horizontes do Norte e do Sul. No total, tem 14 mesas, correspondendo a uma capacidade máxima de 60 a 65 comensais. Entre a uma e as duas da tarde, tinha uma taxa de ocupação à roda dos 60% . Nada mau, para um sábado de inverno, de um fim de semana com meteorológico alerta amarelo, por via da muita chuva que afinal não se viu.
No couvert, para barrar o pão e a broa, em vez de manteiga, um pratito com azeite, uma boa opção. É hábito comum em Espanha, e é de louvar que aqui na terra se siga o bom exemplo. Pedi vinho a copo, e serviram, outra boa prática
adoptada.
Comecei com uma “sopa de peixe com coutrons” saborosa, contendo uns bons nacos de peixe e a que bastante salsa conferia um toque bem cheiroso. Saborosa mas carota, 5 euros marcava a carta. Segui com um “bacalhau com migas de broa e grelos salteados” . A posta não era grande, era quanto baste, mas a qualidade era boa, e os grelos estavam excelentes. O preço marcado na carta era de 13 euros. Incluindo couvert, vinho, sobremesa e café, tudo deu num total de 25 euros. Creio todavia que se poderá comer bem por bastante menos.
O serviço foi relativamente rápido, simpático e eficiente. Considerando o requinte, a decoração e o ambiente, e porque também se come com os olhos, posso considerar boa a relação qualidade-preço, no meu caso concreto. Se recomendo o Oásis? Sim, recomendo. Oxalá ele se aguente ao longo de todo o ano, no tempo de crise que se vive e que ainda mais se vai viver.
Antes de pagar, ouço a pergunta mais ou menos clássica : “quer a facturinha?”. Claro que quiz a facturinha.


Post Scriptum
Antes que alguém comece a murmurar, e que surjam zuns-zuns especulativos sobre quem pagou o almoço, para me ter dado a toleima de estar a escrever esta gastronómica crónica, esclareço que paguei o almoço do meu bolso. Melhor dizendo, com o meu cartão de plástico. Por causa das coisas, ou “à cause des mouches”, guardei a factura e o talão de pagamento do multi-banco. Se for necessário, também poderei exibir o extracto da minha conta bancária, através da qual se poderá confirmar que o custo do almoço foi debitado na mesma.

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