domingo, abril 01, 2007
A CANALHA QUE CUMPRA E CALE O BICO
No seu habitual registo avinagrado, Vasco Pulido Valente (VPV) insurge-se hoje, na sua crónica no PUBLICO, contra a legislação que está ( estará mesmo?...) a ser preparada sobre a protecção dos não fumadores, face às agressões ambientais feitas pelos fumadores , de que são frequentemente vítimas .
VPV gosta de fumar. É mesmo um nicotino-dependente inveterado e compulsivo.
Acha que tem o direito de incomodar com o seu fumo e os seu cheiro os não fumadores. Está no seu direito. De achar, não de incomodar.
Por isso irrita-se muito perante aquele tipo de legislação, resmungando que aqui d’El Rei está em perigo a Democracia. Mas como escreve bem , o pessoal leitor sorri e perdoa-lhe.
Num ponto tem todavia razão VPV na referida crónica, quando escreve :
“(...)
O grupo parlamentar socialista resolveu proibir que se fumasse no Palácio de S. Bento. O PS pensa, virtuosamente, que os representantes da nação devem dar o exemplo. Sobretudo, “às novas gerações”.
(...)
Houve logo quem falasse numa “cruzada fundamentalista” ou num “fundamentalismo preocupante”.
João Soares disse mesmo que estava disposto a uma aliança com o CDS para “combater” o “inacreditável fundamentalismo da coisa”.
Pedro Pinto opinou que a Assembleia caíra “ em extremos ditados pela moda” e sugeriu que se permita fumar no bar e nos restaurantes. José Raúl dos Santos, o antigo (ou novo) “santanista” acusa o Estado de “condicionar” os “momentos de relax que ainda (ainda?) restam aos cidadãos. Para a bloquista Alda de Macedo, é inaceitável que “uma pessoa se sujeite a situações menos dignas para fumar um cigarro”. E, descoberta das descobertas, Nuno Magalh~es do CDS lembra que “fumar não é um acto proibido”.
Em suma, os direitos do homem chegaram ao Parlamento.
(...)
As leis, como toda a gente sabe, são para a canalha. A canalha que as cumpra e cale o bico.
Os senhores deputados, pelo contrário, têm direitos.
Por exemplo: no avião de Sócrates, que os contribuintes pagam, fuma quem quer e o ar até se torna “quase irrespirável”.
Assim é que é: e assim é que dever ser em S. Bento “
No seu habitual registo avinagrado, Vasco Pulido Valente (VPV) insurge-se hoje, na sua crónica no PUBLICO, contra a legislação que está ( estará mesmo?...) a ser preparada sobre a protecção dos não fumadores, face às agressões ambientais feitas pelos fumadores , de que são frequentemente vítimas .
VPV gosta de fumar. É mesmo um nicotino-dependente inveterado e compulsivo.
Acha que tem o direito de incomodar com o seu fumo e os seu cheiro os não fumadores. Está no seu direito. De achar, não de incomodar.
Por isso irrita-se muito perante aquele tipo de legislação, resmungando que aqui d’El Rei está em perigo a Democracia. Mas como escreve bem , o pessoal leitor sorri e perdoa-lhe.
Num ponto tem todavia razão VPV na referida crónica, quando escreve :
“(...)
O grupo parlamentar socialista resolveu proibir que se fumasse no Palácio de S. Bento. O PS pensa, virtuosamente, que os representantes da nação devem dar o exemplo. Sobretudo, “às novas gerações”.
(...)
Houve logo quem falasse numa “cruzada fundamentalista” ou num “fundamentalismo preocupante”.
João Soares disse mesmo que estava disposto a uma aliança com o CDS para “combater” o “inacreditável fundamentalismo da coisa”.
Pedro Pinto opinou que a Assembleia caíra “ em extremos ditados pela moda” e sugeriu que se permita fumar no bar e nos restaurantes. José Raúl dos Santos, o antigo (ou novo) “santanista” acusa o Estado de “condicionar” os “momentos de relax que ainda (ainda?) restam aos cidadãos. Para a bloquista Alda de Macedo, é inaceitável que “uma pessoa se sujeite a situações menos dignas para fumar um cigarro”. E, descoberta das descobertas, Nuno Magalh~es do CDS lembra que “fumar não é um acto proibido”.
Em suma, os direitos do homem chegaram ao Parlamento.
(...)
As leis, como toda a gente sabe, são para a canalha. A canalha que as cumpra e cale o bico.
Os senhores deputados, pelo contrário, têm direitos.
Por exemplo: no avião de Sócrates, que os contribuintes pagam, fuma quem quer e o ar até se torna “quase irrespirável”.
Assim é que é: e assim é que dever ser em S. Bento “