terça-feira, agosto 30, 2005
TRANSCRIÇÕES...
....que merecem reflexão, as retiradas da oportuna entrevista dada ao Publico do passado domingo, por Maria de Fátima Bonifácio, historiadora especializada na história de Portugal do século XIX :
(...)
O campanário do século XIX é a rotunda do século XXI .
(...) de há três ou quatro anos para cá, estamos de novo a viver num regime de fraude eleitoral. Não é o regime da chapelada, da cacetada ou do suborno, como no século XIX. É outro tipo de fraude, que foi inaugurado por Durão Barroso. (...) Consiste em o candidato se apresentar a eleições dizendo uma mentira qualificada. (..)
(..)
Por causa das mentiras, as pessoas acreditam menos na classe política. Acho muito mau para o país que as campanhas eleitorais sejam mentirosas.
Portugal precisa de um abanão. De tomar consciência de que aquilo que nos espera para ultrapassarmos esta crise é sangue, suor e lágrimas, mesmo não estando em guerra.
E as mentiras nas campanhas eleitorais não favorecem essa tomada de consciência colectiva.
(...)
Acho mal que um indivíduo ingresse numa juventude partidária aos 17 ou 18 anos, aos 30 passe para o partido, dali a algum tempo chegue a secretário de Estado, eventualmente a ministro, sem nunca ter tido uma profissão.
Eu, se mandasse, acabava com as juventudes partidárias. Eu bem sei que são úteis aos partidos. Sai-lhes mais barato ao pô-los a colar cartazes, a arrebanhar para os comícios, do que pagar a uma empresa.
Mas são um alfobre de vícios.
Se eu mandasse, acabava com elas.
Nota :
....que merecem reflexão, as retiradas da oportuna entrevista dada ao Publico do passado domingo, por Maria de Fátima Bonifácio, historiadora especializada na história de Portugal do século XIX :
(...)
O campanário do século XIX é a rotunda do século XXI .
(...) de há três ou quatro anos para cá, estamos de novo a viver num regime de fraude eleitoral. Não é o regime da chapelada, da cacetada ou do suborno, como no século XIX. É outro tipo de fraude, que foi inaugurado por Durão Barroso. (...) Consiste em o candidato se apresentar a eleições dizendo uma mentira qualificada. (..)
(..)
Por causa das mentiras, as pessoas acreditam menos na classe política. Acho muito mau para o país que as campanhas eleitorais sejam mentirosas.
Portugal precisa de um abanão. De tomar consciência de que aquilo que nos espera para ultrapassarmos esta crise é sangue, suor e lágrimas, mesmo não estando em guerra.
E as mentiras nas campanhas eleitorais não favorecem essa tomada de consciência colectiva.
(...)
Acho mal que um indivíduo ingresse numa juventude partidária aos 17 ou 18 anos, aos 30 passe para o partido, dali a algum tempo chegue a secretário de Estado, eventualmente a ministro, sem nunca ter tido uma profissão.
Eu, se mandasse, acabava com as juventudes partidárias. Eu bem sei que são úteis aos partidos. Sai-lhes mais barato ao pô-los a colar cartazes, a arrebanhar para os comícios, do que pagar a uma empresa.
Mas são um alfobre de vícios.
Se eu mandasse, acabava com elas.
Nota :
Quando Helmut Schmidt se tornou Presidente do Partido Social Democrata da Alemanha, e depois Chanceler, sucedendo a Willy Brandt, foi isso mesmo que fez.
Acabou com a Jota do partido.