sábado, junho 05, 2004
Eleições europeias e castigo político
A campanha eleitoral mantém-se muito distante da discussão das questões europeias .
Que as há , e bem importantes : os efeitos do alargamento, a Constituição Europeia , o modelo de decisão, as orientações das políticas sectoriais , como segurança , agricultura , pescas, ambiente ...
Verdade seja dita . Foi o PS que primeiro começou por dar o mote e marcar o estilo .
Desde logo pensou em transformar as eleições europeias em punição da actual maioria governamental . Até aceito que esta a mereça , num grande número de áreas de governação .
Só que, a meu ver , era quase inevitável que tal fosse suceder de forma natural, digamos assim.
As eleições autárquicas , e muito mais as europeias, tendem , naturalmente , a ser também usadas pelo eleitorado como oportunidade de dar um voto de castigo.
Não devia ser assim , mas é. E se calhar assim vai ser no próximo dia 13 de Junho .
Em Portugal, como por certo também noutros países da União .
Agora , penso ser mau um partido político como o PS , com vocação e possibilidade de estar no poder ( como não são obviamente o PCP ou o BE...) contribuir ,de forma tão comprometida , para confundir ainda mais as coisas . Pois nas eleições europeias deveriam discutir-se questões europeias , e nas eleições locais , questões locais .
A estratégia do PS pode dar dividendos políticos ( dará?...) a curto prazo .
Talvez úteis para quando há questões de liderança interna a dirimir , como será o caso .
A mais longo prazo , não será bom para a estabilidade e para o eficiente funcionamento da democracia representativa (a qual , como se sabe, é boa enquanto não se arranjar outra melhor) .
Se o PS não tivesse procedido assim , teria dado uma prova de sentido de estado e de credibilidade política.Uma e outra a liderança do PS têm de demonstrar , para os portugueses verem nele uma boa alternativa à actual coligação governamental ; alternativa que hoje , depois de dois anos de intensa coloração laranja da administração central e local , seria tranquilizante ver aparecer com clareza .
E se a actual liderança não for capaz de demonstrar aquela credibilidade , então terá de arranjar outra.
A campanha eleitoral mantém-se muito distante da discussão das questões europeias .
Que as há , e bem importantes : os efeitos do alargamento, a Constituição Europeia , o modelo de decisão, as orientações das políticas sectoriais , como segurança , agricultura , pescas, ambiente ...
Verdade seja dita . Foi o PS que primeiro começou por dar o mote e marcar o estilo .
Desde logo pensou em transformar as eleições europeias em punição da actual maioria governamental . Até aceito que esta a mereça , num grande número de áreas de governação .
Só que, a meu ver , era quase inevitável que tal fosse suceder de forma natural, digamos assim.
As eleições autárquicas , e muito mais as europeias, tendem , naturalmente , a ser também usadas pelo eleitorado como oportunidade de dar um voto de castigo.
Não devia ser assim , mas é. E se calhar assim vai ser no próximo dia 13 de Junho .
Em Portugal, como por certo também noutros países da União .
Agora , penso ser mau um partido político como o PS , com vocação e possibilidade de estar no poder ( como não são obviamente o PCP ou o BE...) contribuir ,de forma tão comprometida , para confundir ainda mais as coisas . Pois nas eleições europeias deveriam discutir-se questões europeias , e nas eleições locais , questões locais .
A estratégia do PS pode dar dividendos políticos ( dará?...) a curto prazo .
Talvez úteis para quando há questões de liderança interna a dirimir , como será o caso .
A mais longo prazo , não será bom para a estabilidade e para o eficiente funcionamento da democracia representativa (a qual , como se sabe, é boa enquanto não se arranjar outra melhor) .
Se o PS não tivesse procedido assim , teria dado uma prova de sentido de estado e de credibilidade política.Uma e outra a liderança do PS têm de demonstrar , para os portugueses verem nele uma boa alternativa à actual coligação governamental ; alternativa que hoje , depois de dois anos de intensa coloração laranja da administração central e local , seria tranquilizante ver aparecer com clareza .
E se a actual liderança não for capaz de demonstrar aquela credibilidade , então terá de arranjar outra.